Curiosidades sobre o canguru

                          

Animais que criam seus filhotes numa bolsa, ou marsúpio, são chamados de marsupiais. Com cerca de 260 espécies, os marsupiais incluem o canguru, o coala, o vombate, o peramele e o gambá (a única espécie nativa da América). É compreensível que os antigos exploradores os considerassem animais sem igual, por isso vale a pena conhece-lo melhor, a medida que continuar nessa expedição verá curiosidades sem igual sobre esse animal especialmente o canguru, sendo difícil de descrevê-los. O primeiro a escrever a palavra “canguru” em inglês foi o explorador britânico Capitão James Cook. Ele o comparou a ‘um cão galgo que salta como a lebre ou o veado’. Quando se exibiu em Londres um canguru vivo pela primeira vez, ele causou sensação.
O canguru tem orelhas grandes que giram em volta de si mesmas e cabeça semelhante à do veado. As pequenas mas poderosas pernas dianteiras se parecem aos braços humanos, especialmente quando ele fica de pé, e as traseiras são grandes e musculosas. O canguru tem uma cauda comprida, grossa e encurvada e, é claro, pés enormes — uma característica que o classifica entre os Macropodídeos, que significa “pés longos”.
Há cerca de 55 espécies de macropodídeos, cujo tamanho varia entre o do homem e o do rato. As pernas dianteiras dos macropodídeos são pequenas ao passo que as traseiras são compridas para dar saltos. Os maiores da espécie são o canguru-vermelho, o canguru-cinzento e o wallaroo, ou euro. Um canguru-vermelho macho chegou a medir mais de 2 metros do focinho à ponta da cauda e pesava 77 quilos. Espécies menores de cangurus são chamadas de wallabies.
Já viu ou ouviu falar de cangurus que moram em árvores? Bem, acredite se quiser, mas os cangurus têm um “macaco” na família — o canguru-arborícola, encontrado nas florestas tropicais da Nova Guiné e no nordeste da Austrália. Esse animal ágil sente-se à vontade nas árvores e consegue pular uns 10 metros dum galho para outro ou duma árvore para outra — mesmo tendo pernas mais curtas. À noite, ele desce ao chão onde se alimenta principalmente de ervas e lagartas.
Rápido, elegante e eficiente
Quando se locomove devagar, o canguru parece deselegante e desajeitado. A cauda e as curtas pernas dianteiras têm a mesma função de um tripé que sustenta o peso dele à medida que as pernas traseiras vão para frente. Mas quando corre, o faz com elegância, saltando numa velocidade de até 50 quilômetros por hora e se equilibrando com a enorme cauda. De acordo com a Enciclopédia Delta Universal, ele ‘alcança velocidades acima de 60 quilômetros por hora’. Se o canguru for grande, um único salto em alta velocidade chega a medir entre 9 e 13,5 metros — um salto que mais parece um vôo!
O canguru não só é rápido mas também eficiente no uso de suas energias. O professor Uwe Proske, da Universidade Monash em Melbourne, Austrália, comenta que o consumo de oxigênio do canguru é mais eficiente em altas velocidades do que em velocidades mais lentas. Proske também calculou que, “numa velocidade de 20 quilômetros por hora ou mais, a energia gasta pelo canguru é menor do que a usada por um mamífero quadrúpede placentário [mamífero que nasce completamente desenvolvido, como um cão ou um veado] de peso semelhante, correndo na mesma velocidade”. Visto que tem um sistema de locomoção tão econômico, o canguru consegue viajar longas distâncias sem se cansar. Mas como ele faz isso?
O segredo está no comprido tendão de Aquiles. “É como se o canguru estivesse pulando com um par de molas espirais”, comenta Proske. O tendão funciona como o da panturrilha dum ser humano: estica-se quando vai pousar e se contrai para dar o impulso. Os cangurus dão a mesma quantidade de saltos por segundo (cerca de dois para o canguru-vermelho) em diferentes velocidades. Para ir mais rápido, eles apenas aumentam o passo. Uma exceção é quando o canguru é surpreendido. Nesses casos, ele começa com uns pulinhos rápidos para obter melhor aceleração.
O canguru é também um nadador hábil. Além de utilizar as poderosas pernas, ele consegue uma impulsão extra agitando a cauda de um lado para o outro. Diz-se que, quando cães o caçam, ele usa suas habilidades aquáticas para pular dentro dum poço ou num rio. Mesmo que haja algum cão valente o suficiente para ir atrás do canguru já dentro da água, esse logo sente o empurrão que o canguru dá com as musculosas pernas dianteiras equipadas com patas de cinco dedos e garras afiadas. John, mencionado no início, tinha dois cães que quase se afogaram quando enfrentaram um canguru macho num pequeno reservatório na propriedade da família.
A maravilha do nascimento dum marsupial
Vigoroso e robusto quando adulto, o canguru é extremamente frágil e delicado ao nascer. Ele se parece mais com uma larva cor-de-rosa que mede mais ou menos 2,5 centímetros e pesa alguns gramas. Além disso, ele nasce cego, surdo e sem nenhum pêlo. Mesmo assim, graças às pernas dianteiras precocemente desenvolvidas e equipadas com garras — e graças também ao seu olfato —, a pequeníssima “larva” rasteja por instinto através da pelagem da mãe em direção à bolsa. Quando chega lá, ela se agarra a um dos quatro mamilos, que se dilata dentro da boca deixando-o agarrado, por assim dizer, por várias semanas. Se for levada em consideração a maneira como a mãe se locomove, uma toca segura e resistente assim é uma grande vantagem! De fato, essa adesão é tão perfeita que os primeiros observadores achavam que o filhote surgia do mamilo!
É claro que, com o tempo, o joey vai crescer e terá de deixar a bolsa, embora no começo ele passe pouco tempo fora dela. Depois de sete a dez meses, no entanto, quando estiver completamente desmamado, o canguru abandonará a bolsa em caráter permanente. Mas vamos voltar a quando o joey se agarra ao mamilo e ver outra maravilha na reprodução do canguru.
Pouco depois de o filhote se agarrar ao mamilo da mãe, ela se acasala outra vez. O embrião que resulta desse acasalamento se desenvolve por cerca de uma semana, depois fica dormente — aguardando, por assim dizer — enquanto o filhote mais velho continua a crescer na bolsa. Quando o filhote mais velho que ainda mama deixa a bolsa, o embrião recomeça a crescer no útero. Depois duma gestação de 30 dias, ele também se agarra a um mamilo, mas não no mesmo mamilo em que o outro filhote mamava.
Aí está outra maravilha da característica biológica dos cangurus. A mãe dá ao joey mais novo um tipo de leite e, ao mais velho, outro tipo. Comentando sobre isso, Scientific American diz: “Os dois tipos de leite produzidos por glândulas mamárias distintas são bem diferentes em volume e em composição. Como isso acontece sob os mesmos processos hormonais é uma questão fascinante.”
Onde se pode ver os cangurus?
Se quiser vê-los em seu habitat, precisa preparar-se para deixar a cidade e viajar até as savanas ou pradarias australianas. À procura de gramíneas e plantas pequenas, os cangurus podem ser vistos sozinhos bem como em pequenos grupos ou mesmo em grupos maiores, liderados por um grande canguru macho chamado boomer. Uma boa hora para observá-los é logo cedo de manhã ou ao entardecer, porque os cangurus têm hábitos alimentares basicamente noturnos e, por causa do calor do dia, descansam na sombra (onde conseguem ficar bem camuflados). Quando o tempo está mais fresco, no entanto, eles podem ficar ativos o dia todo.
Crédito: jw.org
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