A aorta é a principal artéria do corpo humano. Ela sai do ventrículo esquerdo do coração e segue em direção a raiz do pulmão esquerdo. Depois ela passa através do diafragma até chegar ao abdômen e se divide, no nível da quarta vértebra lombar, nas artérias ilíacas direita e esquerda. Delas se nutrem as vísceras pélvicas e os membros inferiores.
Antigamente, os cientistas imaginavam que a artéria aorta era apenas uma espécie de “cano”. Agora se sabe que ela é muito mais sofisticada do que isso. À primeira vista, ela tem formato curvo como o de um cabo de guarda-chuva. Mas essa impressão não é inteiramente correta. A curva da aorta não é apenas bidimensional, mas tridimensional, ou seja, é enrolada como uma mola. Se fosse colocada sobre uma superfície plana, ela ficaria enrolada e virada para cima.
Por que foi projetada assim? Porque em vez de simplesmente fazer o sangue fluir no sentido da curvatura, como a água na curva de um rio, esse formato faz o sangue rodopiar em movimentos de espiral dupla dentro da aorta. Na parte interna da curva de um rio, a água flui mais devagar, permitindo que se acumulem sedimentos. Mas na parte externa da curva, a água corre mais rápido e até causa erosão na margem. Na aorta, uma diferença de velocidade assim poderia permitir que perigosas placas se acumulassem na curva interna onde o fluxo sanguíneo seria mais lento. Ao forçar o sangue a fluir em espiral, porém, a aorta reduz o problema, porque o sangue roça as paredes arteriais por igual.
Crédito: Revista Despertai
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