Girafas - porque seu tamanho não é um problema?


O formato sem igual do corpo da girafa e seu enorme tamanho deviam apresentar problemas — ou pelo menos é isso o que se poderia pensar. Com sua grande estatura e pescoço comprido, regular o fluxo de sangue a todas as partes do corpo poderia parecer uma tarefa impossível. Quando a girafa abaixa a cabeça ao chão, por exemplo, a atração da gravidade deveria fazer com que o sangue jorrasse para a cabeça, congestionando o cérebro. Quando a girafa levanta a cabeça, seu sangue devia inundar o coração, fazendo com que o animal perdesse os sentidos. Mas isso não acontece. Qual é a explicação?
  O sistema circulatório da girafa foi maravilhosamente projetado, feito por encomenda para se adaptar ao formato único do seu corpo e ao seu tamanho. O coração é excepcionalmente grande e precisa bombear sangue com força para o cérebro, que fica até três metros e meio acima do seu nível. Batendo até 170 vezes por minuto, as paredes de sete centímetros de espessura do músculo cardíaco produzem uma pressão sistólica que é quase três vezes maior que a dos humanos. Para dar conta de tal pressão com segurança, tanto a artéria carótida, que leva o sangue ao cérebro, como a veia jugular, que devolve o sangue ao coração, precisam ser grandes. De fato, esses vasos sanguíneos têm quase três centímetros de diâmetro e são reforçados com um tecido resistente e elástico, que os torna flexíveis e fortes.
  Quando a girafa abaixa a cabeça, válvulas na jugular impedem que o sangue retorne rapidamente para o cérebro. Na base do cérebro, a grande artéria carótida termina num assombroso sistema vascular chamado de retículo admirável. Ali o forte fluxo de sangue para o cérebro resultante de a girafa abaixar a cabeça é estabilizado por ser distribuído numa rede especial de arteríolas que regulam a pressão sanguínea e protegem o cérebro de uma congestão. A rede extraordinária se expande quando a cabeça é baixada e se contrai quando a girafa levanta a cabeça, neutralizando a grande queda na pressão sanguínea e o perigo de uma síncope.
Pescoço e língua projetados para comer
  O pescoço da girafa também foi maravilhosamente projetado. Os cientistas se admiram de que o pescoço extraordinariamente comprido da girafa tenha o mesmo número de vértebras que o pescoço de um rato ou da maioria dos outros mamíferos! Mas, diferentemente de outros mamíferos, a girafa possui vértebras alongadas, especialmente encaixadas umas nas outras, o que lhe confere extraordinária flexibilidade. Assim, a girafa pode curvar e contorcer o pescoço para alcançar todas as partes do corpo ou para delicadamente chegar aos ramos altos das árvores para se alimentar. Assim podemos concluir que o pescoço da girafa não é um problema para ela.
A girafa é magnificamente projetada para comer dos ramos mais altos das árvores, bem além do alcance dos outros animais, com exceção do elefante. O formato ímpar do lábio superior preênsil e a língua flexível lhe permitem puxar e arrancar delicadamente as folhas dos ramos cobertos de barbas e espinhos acerados.
As girafas chegam a consumir 34 quilos de vegetação por dia. Embora comam muitas variedades de plantas, elas preferem as acácias espalhadas nas planícies africanas. Um macho consegue esticar a língua até 42 centímetros para alcançar o alimento. O pescoço da girafa tem uma flexibilidade extraordinária, permitindo-lhe virar e inclinar a longa cabeça a incríveis ângulos, com movimentos delicados através dos ramos mais altos das árvores.
Crédito: Revista Despertai
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